Universidade do Maranhão cria primeira graduação em Estudos Afro-Brasileiros

04/05/2015 16:27

Curso formará educadores e gestores com o objetivo de garantir a diversidade étnico-racial do Brasil nos currículos escolares

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) vai oferecer, a partir deste semestre, no Campus de São Luís, o curso de graduação Licenciatura Interdisciplinar em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros, o primeiro a ser criado no país. Já neste semestre será realizado processo seletivo especial para o preenchimento de 40 vagas no período noturno. O curso será presencial e terá duração de quatro anos.

A iniciativa de criar o curso veio do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (Neab). A realização do projeto foi coordenada pelos professores Carlos Benedito Rodrigues da Silva, Kátia Regis e Marcelo Pagliosa, com apoio do reitor Natalino Salgado. O objetivo é formar educadores e educadoras para atuarem no ensino fundamental e no ensino médio e qualificar gestores para formularem políticas educacionais voltadas à temática.

Esses profissionais poderão contribuir para a implementação da Lei 10639, que instituiu o ensino de história e cultura afro-brasileira e de relações étnico-raciais nas escolas. “A lei oferece subsídios para o questionamento das relações étnico-raciais na sociedade brasileira, na qual a desigualdade entre negros e brancos é um elemento estrutural e estruturante da realidade social. Esta desigualdade se manifesta nas instituições educacionais por meio de seus currículos, que têm sido eurocêntricos e omitem e/ou distorcem a História e Cultura Africana e Afro-Brasileira”, afirma Kátia Regis.

A lei foi sancionada em 2003 e, mesmo com alguns avanços, ainda não é plenamente efetiva. Apesar de diversas iniciativas de formação continuada de professores em estudos afro-brasileiros, há uma deficiência na formação inicial, na graduação, desses profissionais. “Há muita resistência à inclusão desta temática nos cursos de Pedagogia e nas licenciaturas. Geralmente a discussão sobre a temática ocorre em uma ou outra disciplina de História da África e/ou Educação para a Diversidade. Apesar da importância da inclusão destas disciplinas na estrutura curricular, consideramos que não é o suficiente para alterar visões ainda estereotipadas sobre os africanos e sobre a população negra brasileira, bem como, de forma isolada e/ou pontual, não consegue eliminar atitudes preconceituosas e racistas presentes na universidade. Ou seja, há a necessidade de ações mais incisivas nas atividades de ensino, pesquisa e extensão para que a temática adquira a relevância exigida na legislação mencionada”, defende Kátia Regis.

O curso abrange áreas como História, Filosofia, Sociologia, Geografia e Fundamentos da Educação. “É importante reiterar que o curso não pretende mudar um foco etnocêntrico de raiz europeia por um africano, mas possibilitar a integração da diversidade étnico-racial do Brasil na formação inicial dos(as) docentes”, explica a professora da UFMA.

Processo seletivo
O processo seletivo para os candidatos que desejarem concorrer a uma vaga será realizado em uma única fase, por meio de uma prova objetiva contendo 40 questões. O conteúdo programático é o mesmo utilizado no Enem. Poderão candidatar-se todos que possuam certificado de conclusão de ensino médio ou equivalente, até a data de realização da matrícula.

As vagas serão distribuídas em três categorias: ampla concorrência, pessoa com deficiência e escola pública. A inscrição será efetuada somente via internet, até 16 de março de 2015, com os procedimentos seguintes: acessar o endereço eletrônico concursos.ufma.br e preencher o requerimento, depois o candidato deverá imprimir o boleto bancário e efetuar o pagamento da taxa de inscrição, no valor de R$ 50 até o dia 17 de março próximo, em qualquer estabelecimento bancário. Para mais informações confira o edital.

(Com informações da UFMA)

Disponível em: www.heapflightnow.com

Chimpanzés, pessoas e cobras

21/04/2015 10:50

Uma crítica ao argumento científico usado pelo Ministério Público Federal em sua denúncia a professores, estudantes e técnicos da Universidade Federal de Santa Catarina

Um fato novo, ocorrido há poucas semanas, fez com que a sociedade, mais uma vez, voltasse seu olhar para a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e seus integrantes. Sem receber, desta vez, por parte da imprensa nacional, a mesma atenção que recebeu o evento original, ocorrido há pouco mais de um ano, quando uma operação policial no campus da UFSC terminou em confronto, a notícia veiculada pelos jornais locais no último dia 13 de março é, de certo modo, tão inquietante quanto o próprio episódio que lhe deu origem.

Veja Notícias da UFSC

Artigo Publicado em: http://www.jornaldaciencia.org.br/chimpanzes-pessoas-e-cobras/

Defesas

26/02/2015 17:27
Mestranda: Juliana Akemi Andrade Okawati
Título: Estudantes africanos na UFSC: (des)encantos extramuros na Jornada Acadêmica. 
  • Data: 3/3/2015
  • Horário: 9h30
  • Local: Sala Silvio Coelho dos Santos/Depto. Antropologia/CFH/UFSC
  • Profª. Drª Ilka Boaventura Leite (Orientadora)
Banca Examinadora:
  • Prof. Dr. Theophilos Rifiotis (Presidente – PPGAS/UFSC)
  • Prof. Dr. Hippolyte Brice Sogbossi (PPGAS/UFS)
  • Profª. Drª. Gláucia de Oliveira Assis (PPGH/UDESC)
  • Prof. Dr. Jeremy P. J. L. Deturche (PPGAS/UFSC)

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Doutorando: Augusto Marcos Fagundes Oliveira
Título: Êxodos e encruzilhadas da Missa dos Quilombos.
  • Data: 2/3/2015
  • Horário: 15h00
  • Local: Sala Silvio Coelho dos Santos/Depto. Antropologia/CFH/UFSC
  • Profª. Drª Ilka Boaventura Leite (Orientadora)
Banca Examinadora:
  • Prof. Dr. Sílvio Marcos de Souza Correa (Presidente – PPGHistória/UFSC)
  • Profª. Drª. Leda Maria Martins (Dept. Letras/UFMG)
  • Prof. Dr. Edélcio Mostaço (Centro de Artes/UDESC)
  • Profª. Drª. Esther Jean Langdon (PPGAS/UFSC)
  • Prof. Dr. Theophilos Rifiotis (PPGAS/UFSC)
  • Profª. Drª. Letícia Cesarino (DPANT/UFSC)
Doutoranda: Alexandra Eliza Vieira Alencar
Título: É de Nação Nagô! O maracatu nação como patrimônio imaterial nacional.
  • Data: 27/2/2015
  • Horário: 9h30
  • Local: Sala Silvio Coelho dos Santos/Depto. Antropologia/CFH/UFSC
  • Profª. Drª Ilka Boaventura Leite (Orientadora)

Banca Examinadora

  • Prof. Dr. Oscar Calavia Saez (Presidente)
  • Prof. Dr. Frank Nilton Marcon (PPGS/UFS)
  • Profª. Drª. Célia Maria Antonacci Ramos (PPGAVI/UDESC)
  • Profª. Drª. Cristiana Tramonte (CED/UFSC)
  • Profª. Drª. Alícia N. G. de Castells (PPGAS/UFSC)
  • Prof. Dr. Rafael Victorino Devos (PPGAS/UFSC)

MANIFESTO EM DEFESA DA TITULAÇÃO DOS TERRITÓRIOS QUILOMBOLAS JÁ !!!

23/02/2015 08:56

Pela Publicação do Relatório Técnico da Comunidade de Remanescente do Quilombo Campo dos Poli Fraiburgo  – SC

As COMUNIDADES REMANESCENTES DOS QUILOMBOS de Santa Catarina, juntamente com o MOVIMENTO NEGRO UNIFICADO- MNU-SC vem perante a população e o povo brasileiro denunciar a grave situação de ataque aos direitos das comunidades quilombolas.

O documento completo está disponível em Direitos Territoriais -> Documentos -> Manifesto