Educação Afro-brasileira

Essa área desenvolve pesquisas e projetos de extensão que buscam aprofundar conhecimentos e conteúdos curriculares relativos aos estudos afro-brasileiros da formação universitária e produzir materiais didáticos e organizar atividades voltadas para aplicação da lei 10639/03.

Sub-áreas:
-Conteúdos Curriculares
-Fontes Bibliográficas
-Acervos Documentais

Projetos Atuais:

1-Coleção NUER: Projeto Biblioteca Afro-brasileira (2009-       )


Pesquisa, classificação e catalogação de livros, artigos, recortes e demais fontes de pesquisa. Organização de Acervo Bibliográfico sobre África e Estudos Afro-brasileiros.

Coordenação: Dra. Ilka Boaventura Leite
Equipe:

Márcia Irigonhê (2009)
Thania Cristina dos Santos (2009)
Carolina Peçanha Becker (2009)
Eric Santos Alves (2010-2012)
Jordi Angelo Timon Frias (2010-2012)
Willian Luis da Conceição (2010-2011)
Angela Medeiros (2011/1)
Romulo Bassi Piconi (2012-2014 )
Luciana de Freitas Silveira (2012-2013 )
Raruilquer Santos Oliveira (2012-1 )
Saulo Moreno Rocha (2012-1013 )
Tamiris Aline Ferreira (2012 -2013)
Flora Santos Seixas (2012/2)
Nathalia Dothing (2012/2)
João Baptista Simões (2012/2)
Carolina Becker Peçanha (2013 -2014)
Romulo Piconi Bassi (2014)
Yersia Souza de Assis (2015-2016)
Julia Bercovich (2017-2018)
Gabriela Tertuliano (2018 /2)
Nayara de Lima Martins (2019)
Nayara Marcielly Silva (2019)

2-Pensamento Social sobre Afro-descendência e Cultura Negra  (2009-      )
Entrevistas e depoimentos sobre a produção científica a sobre questões afro-brasileiras e sobre as diásporas

Coordenação: Dra. Ilka Boaventura Leite
Equipe:
Carolina Peçanha Becker (2009)
Roberta da Silva (2009)
Willian Luis da Conceição (2010-2011)

3-Trajetórias negras e racismos: memórias íntimas da convivência inter-racial na infância estudos comparados. 2018. Dissertação (Antropologia Social) – Universidade Federal de Santa Catarina.

Abordar o racismo na infância através de relatos de vivências de sujeitos negros, problematizando o papel da memória na constituição da identidade social e política na atualidade. Correlacionar depoimentos encontrados em diferentes contextos e aqueles obtidos nos depoimentos, buscando encontrar seus nexos e suas especificidades em termos dos contextos próprios de cada um deles (temporalidade, espacialidade, idade, gênero, entre outros) para entender suas particularidades. Discutir memória e identidade dos sujeitos no contexto contemporâneo em que o racismo vem sendo reatualizado.

Dissertação – 2018
Autora: Sandra Tanhote de Sousa
Orientadora: Ilka Boaventura Leite

Projetos concluídos:

1-Licenciatura Quilombola – Formação de professores das comunidades quilombolas (NUER/MNU) (2011-2013)


Elaboração de um Projeto Pedagógico de Curso de Licenciatura para formação para professores, estudantes, representantes de comunidades quilombolas e lideranças de movimentos sociais voltados a atender a implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a educação escolar quilombola (CONAE/2012).

Equipe: Ilka Boaventura Leite
Maria de Lourdes Mina (MNU-SC)
Raquel Mombelli
Coletivo de Professores das Escolas Quilombolas de Santa Catarina

Veja a proposta pedagógica de Licenciatura apresentada à Universidade Federal de Santa Catarina, disponível para download em PDF através link Livros neste site.

2-Patrimônio Cultural e Políticas Públicas -Projeto de Extensão PROEX-MEC

Oficinas coletivas sobre a temática do patrimônio cultural e políticas públicas nas comunidades quilombolas em processo de reconhecimento territorial localizadas em Santa Catarina. As oficinas buscaram fomentar a interlocução e a socialização dos processos históricos, sociais e culturais das comunidades quilombolas e o debate sobre a inter-relação entre direitos territoriais e proteção do patrimônio cultural material e imaterial. Na proposta priorizam-se as vozes dos sujeitos e suas interpretações sobre o tema.
As oficinas ocorreram nas comunidades de Aldeia, em 25 de outubro de 2012 e Morro do Fortunado, em 16 de dezembro de 2012, e contaram com a participação de aproximadamente 140 representantes das comunidades quilombolas Santa Cruz, do município de Paulo Lopes, e Caldas do Cubatão e Tabuleiro (munício de Santo Amaro da Imperatriz). As oficinas também buscaram valorizar as narrativas dos jovens e das crianças das comunidades quilombolas e foram realizadas sob a coordenação da pesquisadora Roselete Aviz, Silvia Freitas e a colaboração do educador Manoel dos Passos Pereira (Maninho), da comunidade de Aldeia. Na comunidade de Morro do Fortunato, o registro das narrativas ocorreu a partir de desenhos elaborados pelas crianças.O projeto também realizou diversas atividades voltadas à qualificação teórica dos pesquisadores a ele vinculados, como leituras e debates de textos dirigidos, pesquisas documentais e bibliográficas em meios digitais, seminários científicos e consultas às instituições públicas sobre as atuais políticas implementadas nas comunidades quilombolas. Os resultados do projeto estão em fase de consolidação para publicação.
A coordenação do projeto agradece aos representantes das comunidades de Aldeia e Morro do Fortunado pela generosa acolhida, aos representantes das outras comunidades pela participação e contribuições e aos pesquisadores Mauricio Pardo, Romulo Piconi e Pedro Reis.

Pesquisadores:
Ilka Boaventura Leite – Coordenadora geral
Raquel Mombelli – Coord. Científica
Ricardo Cid Fernandes – Coord. Científica
Maria de Lurdes Mina – Coord. de articulação comunidades quilombolas
Augusto Fagundes Oliveira – Coord. Oficinas coletivas
Roselete Aviz – Coord. das Oficinas com Jovens
Sandra Eckschidt – Coord. das Oficinas com Jovens
Silvia Freitas – Coord. das Oficinas com Jovens

Bolsistas:
Giorgia Frota Nunes – Graduação em Museologia/UFSC. Período: abril a junho de 2012.
Saulo Moreno – Graduação em Museologia/UFSC. Período: maio a agosto de 2012.
Luciana de Freitas Silveira – Graduação em Ciências Sociais/UFSC. Período: agosto a Novembro de 2012.
Ramiro Valdez – Graduação em Antropologia/UFSC. Período: outubro a dezembro de 2012.

3-Centenário de Guerreiro Ramos na UFSC (2014 – 2016) FAPESC.

Nos últimos anos, a obra de Alberto Guerreiro Ramos (1915-1982) tem sido constantemente revisitada, o que e conecta as transformações vivenciadas nas Ciências Sociais brasileiras nos últimos anos. Porém, um aspecto ainda pouco explorado tem sido sua contribuição para o campo do ensino, mais especificamente do ensino de Ciências Sociais. Nesse centenário, busca-se analisar a contribuição de Guerreiro Ramos para a discussão sobre o ensino de Ciências Sociais, tomando como fios condutores principais suas ideias expostas em Cartilha Brasileira do Aprendiz de Sociólogo (1954).

Coorden. Ilka Boaventura Leite e Amurabi Oliveira.
Participantes: Willian Luiz da Conceição, Larisse Louise Pontes Gomes, Carolina Becker Peçanha.

4-Estudos Afro-brasileiros como parte do currículo do curso de Ciências Sociais (2011 – 2013) Pro-Extensão UFSC

O Curso de Ciências Sociais procurou dar respostas abrangentes a mudanças de seu Currículo, por meio da participação do corpo docente e discente, em fóruns regionais e nacionais sobre as questões curriculares e profissionais das três áreas das Ciências Sociais – Antropologia, Ciência política e Sociologia. Propôs-se a inserção da disciplina Estudos Afro-Brasileiros que busca enfatizar o estudo sobre Relações raciais e racismo no Brasil. Relações Interétnicas e Identidades étnicas. Estudos sobre os negros no Brasil.

5-Brancura e branquitude: ausências, presenças e emergências de um campo em debate. 2017. Dissertação (Antropologia Social) – Universidade Federal de Santa Catarina

Este estudo pretendeu abordar o tema da branquitude no Brasil, identificando sua ocorrência enquanto emergência de estudo. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica sobre autores que refletiram a formação nacional e as relações étnico-raciais no Brasil, em três períodos diferentes. Para tanto, no primeiro momento (século XIX), elegeu-se Karl Friedrick von Martius (1794-1868), Joseph Arthur de Gobineau (1816-1882), Silvio Romero (1851-1914) e Raimundo Nina Rodrigues (1862-1906). No segundo momento (século XX), optou-se por analisar o tema a partir do livro Casa-Grande & Senzala (1933), de Gilberto Freyre, O negro no mundo dos brancos (1971), de Florestan Fernandes e Introdução Crítica à Sociologia Brasileira (1956), de Alberto Guerreiro Ramos. Ao lado dos pensadores contemporâneos: Maria Aparecida Silva Bento, Lourenço Cardoso e Lia Vainer Schucman. Esses autores oferecem elementos para pensar, no terceiro capítulo, as questões que aparecem na atualidade em torno do que se consideraria o campo de estudo da branquitude no Brasil. Constata-se, portanto, que a branquitude é um assunto persistente desde a formação sócio-histórica no país. Ela tem abarcado diferentes aspectos e assumido diversas roupagens, intrínsecos a uma sociedade marcada pelo ideal de miscigenação e por desigualdades sócio-raciais, que continuam colocando a brancura no lugar de superioridade.

Dissertação – 2017
Autor: William Luis da Conceição
Orientadora: Ilka Boaventura Leite

6-Que “afro” é esse no Afro Brasil? A concepção curatorial no Museu Afro Brasil. Parque Ibirapuera, São Paulo -SP. 2018. Dissertação (Antropologia Social) – Universidade Federal de Santa Catarina.

Esta pesquisa se orientou pela abordagem etnográfica do Museu Afro Brasil, tendo em vista levantar aspectos que permitissem refletir sobre o conceito e as ideias de afro da instituição. O conceito, que norteia a concepção curatorial no Afro Brasil, se revelou como um imaginário próprio, composto pelo arranjo de objetos de toda a sorte de categorias, que junto a instalações e elementos de cenografia, comunicam o afro ao público de uma maneira aberta. O acompanhamento da rotina institucional também possibilitou perceber que este afro transcende a narrativa curatorial, pois é evidenciado na visão política dos colaboradores do Museu que atuam na comunicação com o público visitante, principalmente através de seus educadores. Remontar os percursos, tanto do idealizador e realizador do Afro Brasil, Emanoel Araújo, quanto dos conceitos que fizeram parte da concepção do Museu no formato das exposições que o precederam, auxiliou a pensar a institucionalização do afro e os modos como essa noção vem sendo moldada atualmente através de um processo criativo conjunto.

Dissertação de Mestrado – PPGAS – 2018
Autora: Carla Brito Sousa Ribeiro
Orientadora: Ilka Boaventura Leite

7- Arte-Educação e etnicidade: elementos para uma interpretação da experiência educativa do grupo Olodum

Neste estudo, busco compreender o significado das expressões artísticas no processo de formação de crianças e adolescentes. A partir deste propósito e fundamentada em princípio da arte-educação, optei por investigar a experiência educativa desenvolvida pelo Grupo Cultural Olodum, em Salvador.
Decorrentes das reestruturações ocorridas no Bloco Afro Olodum (1979), o Grupo surgiu em 1984, buscando ampliar suas ações para além da festa carnavalesca em direção a um maior envolvimento com os problemas sociais vividos pela comunidade do Maciel do Pelourinho. Aproveitando-se das manifestações culturais de origem africana presente no seu cotidiano, mais precisamente as musicais, rítmicas e coreográficas e arregimento por princípios étnicos e políticos, o Grupo estruturou uma ação político-social a ser desenvolvida com os moradores da área, o projeto Rufar dos Tambores.
Partindo desse projeto, composto por atividades educacionais, artísticas e culturais, busquei compreender como o grupo Olodum organizou e desenvolveu suas ações, mais precisamente as atividades educacionais, e qual o significado das expressões artísticas nessa experiência. Ao mesmo tempo, procurei explicitar a sua importância no processo de formação de consciência étnica entre os seus participantes.

Dissertação de Mestrado – PPGAS – 1994
Autora: Nadja Miranda de Carvalho
Orientadora: Ilka Boaventura Leite